Setembro vermelho: rotina mais saudável e controle do estresse são essenciais para a saúde do coração

Doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte no país; no Dia Mundial do Coração (29), especialista dá dicas de prevenção

No dia 29 de setembro é celebrado o “Dia Mundial do Coração”, data voltada para os cuidados com a saúde do músculo mais importante do corpo humano, responsável pelo bombeamento do sangue e fornecimento de alimento e oxigênio para as células. 

Um coração saudável é a chave para um corpo saudável e uma vida longa. Isso porque as doenças do coração estão entre as principais causas de morte no país, sendo responsáveis 30% dos óbitos no Brasil, o que corresponde a 400 mil mortes por ano, segundo o Ministério da Saúde. 

O mês também é marcado pela campanha Setembro Vermelho, voltado para a conscientização sobre as doenças cardiovasculares, termo que engloba todas as alterações patológicas que afetam o coração e/ou os vasos sanguíneos, como hipertensão, infarto, arritmia e acidente vascular cerebral, entre outras. 

Os médicos alertam: muitas delas podem ser evitadas com a detecção precoce, prevenção e controle dos fatores de risco, como tabagismo, diabetes, colesterol, hipertensão, sedentarismo e obesidade.

Prevenir é o melhor remédio

O Coordenador da Cardiologia do Hospital São Luiz Jabaquara, da Rede D’Or, Roberto Augusto Vasques Junior, alerta para a importância de realizar exames simples de rotina, que trazem diversos benefícios. 

“Testes como a medição de pressão arterial, a verificação do colesterol e o monitoramento do nível de açúcar no sangue, por exemplo, facilitam a detecção precoce de quadros que, se não forem tratados, podem causar muitos danos aos pacientes” destaca o cardiologista.

Localizada na zona Sul da capital paulista, o Hospital São Luiz Jabaquara conta com uma linha de cuidados cardiológicos completa, com pronto-socorro especializado, exames, ambulatório, leitos de internação e UTI de alta complexidade.

O especialista alerta ainda que a redução de atividades físicas, adoção de comportamentos sedentários, consumo frequente ou excessivo de álcool e tabaco, aumentam os riscos de doenças cardiovasculares. 

“Outro fator de risco importante é o estresse, que em particular, pode desencadear hormônios que elevam a pressão arterial e a frequência cardíaca”, alerta Dr. Roberto. 

Outros vilões presentes nesta geração são os alimentos ultraprocessados. Além de alta concentração de açúcar, sal e gorduras, eles têm poucos nutrientes. 

“Como podemos observar, trata-se de um conjunto de fatores ligados ao estilo de vida, e que, portanto, podem ser alterados a tempo de evitar quadros agudos e graves”, enfatiza o médico. 

Levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC) mostra que, entre 2008 e 2022, o número de internações por infarto aumentou quase 160% no Brasil. Entre os homens, a média mensal passou de 5.282 para 13.645, e entre as mulheres, de 1.930 para 4.973. 

Dicas de prevenção

Alimentação saudável – Adotar uma dieta rica em frutas, verduras e legumes, além de carnes magras, óleos naturais e sementes em geral são um bom começo. Prefira sempre alimentos “in natura”, e com grande variedade de cores em cada refeição. 

Estresse – Para controlar o nervosismo e estresse, que impactam diretamente nos níveis da pressão arterial, é essencial incluir pausas e atividades prazerosas na rotina. Controlar o tempo dedicado ao trabalho e estudos, dosar o foco nos problemas e evitar conflitos desnecessários também podem ajudar a reduzir a carga.  

Evitar o fumo – O cigarro não é, definitivamente, um bom aliado do coração. A dica de ouro é evitar o fumo, já que as toxinas presentes no produto são capazes de entupir artérias e vasos sanguíneos. Prática de exercícios físicos – Corrida, musculação, natação, yoga. Independentemente do tipo escolhido, as atividades físicas são verdadeiros remédios, contribuindo para o bom funcionamento do coração. Manter-se ativo ajuda no controle do estresse, perda de peso e qualidade do sono, prevenindo doenças crônicas como pressão alta e diabetes, fatores de risco para doenças cardiovasculares.

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