Segundo dados da Agência Nacional de Saúde (ANS), a obesidade já atinge 20,8% dos adultos, 14,3% das crianças e 8,4% dos adolescentes do país. Quando se leva em conta que a obesidade é um dos fatores preponderantes para o aparecimento da diabetes, que já afeta 13 milhões de brasileiros, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a situação se monstra ainda mais catastrófica para a saúde pública do país.
A Associação Brasileira Low Carb (ABLC) está ciente que a melhor forma de combater a obesidade e a diabetes é através da alimentação nutritiva. Mas sabe também que é muito difícil às vezes convencer adultos a mudarem hábitos já bastante arraigados. Nesse sentido, a entidade acredita que uma estratégia eficiente visando à modificação de hábitos alimentares de uma população passa por campanhas educativas de crianças. Pensando nisso, desenvolveu a cartilha infantil “O Mistério do Açúcar Escondido”, que utiliza história em quadrinhos, com ilustrações e diálogos simples e diretos, para ensinar crianças e adolescentes a respeito dos malefícios causados por uma alimentação rica em carboidratos e os benefícios que pode gerar uma dieta rica em proteínas e gorduras. A cartilha pode ser acessada no site da ABLC, cujo endereço é ablc.org.br.
Em “O Mistério do Açúcar Escondido”, duas crianças, Lulu e Zeca, conversam de maneira descontraída a respeito de como alimentos muito modificados pela indústria fazem mal à saúde e causam doenças metabólicas, como obesidade e diabetes. Para tentar dissuadir Lulu de comer salgadinhos e doces na cantina da escola, Zeca explica como esses tipos de alimento contém açúcar disfarçado, através do nome amido, e de como o excesso de açúcar no sangue é o causador da diabetes.
Zeca informa à Lulu uma lista de alimentos industrializados que são costumeiramente ingeridos pelas crianças e que devem ser evitados a fim de um vida saudável. Entre eles estão: massas, pães, salgadinhos, doces, achocolatados. Diante da incredulidade de Lulu, que teme ficar sem opções de alimentos, Zeca mostra que existe uma variedade imensa de alternativas, composta por alimentos naturais e minimamente processados e que por isso são bem mais nutritivos. A lista desses alimentos inclui: peixe, carne de boi, carne de frango, ovos, salada e frutas.
Dúvidas sobre a pirâmide alimentar também são esclarecidas por Zeca na cartilha. Lulu o questiona a respeito daquela “figurinha que vimos na aula dizendo que tínhamos que comer muito pão e massa” e que ainda baseia a alimentação de muitos brasileiros. Zeca afirma que a diretriz está datada, não sendo usada mais nem pelos próprios inventores, fazendo alusão ao fato de os Estados Unidos, país criador do conceito de pirâmide alimentar, em 1992, ter deixado de usar essa diretriz há alguns anos. “O Guia Alimentar Brasileiro, por exemplo, que é considerado o melhor guia alimentar do mundo, não faz uso da pirâmide alimentar desde 2014, destaca a diretora científica de nutrição da ABLC, Patrícia Ayres.
Após convencer e educar Lulu sobre a importância para a boa saúde de uma dieta que restrinja o uso de carboidratos e preze por alimentos naturais, Zeca oferece a ela e aos leitores uma série de receitas de pratos saborosos e nutritivos, que podem ser feitos sem farinha ou açúcar, entre os quais, mini pizza, com farinha de amêndoa; espaguete de abobrinha ao molho de atum; e bolos e waffles, com farinha de amêndoa e adoçante.
A iniciativa da ABLC também é acompanhada pelo “Material Suplementar da Cartilha de Alimentação Infantil”, dirigido a pais e educadores. O tema tratado no material de suporte é o mesmo da cartilha: os malefícios causados pela alimentação rica em carboidratos e os benefícios causados por uma dieta com alimentos naturais. Entretanto, como o público-alvo é diferente, o documento faz uso de informações mais robustas embasadas em pesquisas científicas. Para conferir tanto a cartilha infantil como o material suplementar, acesse o site ablc.org.br.’
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