Este mês há a campanha Maio Vermelho, de conscientização sobre as hepatites. É fundamental prevenir e cuidar dessas doenças. Até para evitar que se transformem em outras lesões, como cirrose e câncer no fígado.
As hepatites podem ser causadas por 5 tipos de vírus que atacam o fígado: A, B, C, D e E, sendo que os mais frequentes no Brasil são o A, B e o C. Existem vacinas para os tipos A e B e a vacina contra o vírus B funciona também contra o D, que só se desenvolve em quem já teve hepatite B. O tipo D, no Brasil, é mais comum na Região Norte.
Não há vacina para o tipo C, mas existe cura para esse tipo de hepatite em mais de 95% dos casos, de acordo com o Ministério da Saúde. Os tratamentos com antivirais de ação direta (DAA) em geral duram de 8 a 12 semanas e eliminam a infecção. Não há cura, mas há vacina e tratamento, para o tipo B.
“A infecção crônica por vírus do tipo B ou C é a maior causa de câncer de fígado, não necessariamente passando por uma cirrose antes”, diz a Dra. Bruna Zaidan, diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Patologia. “Por isso, é muito importante prevenir e detectar precocemente estas hepatites para evitar que elas compliquem e venham a causar cirrose ou câncer.”
A principal forma de prevenção da infecção pelo vírus da hepatite B é a vacina, que está disponível no SUS para todas as pessoas não vacinadas, independentemente da idade. Para crianças, a recomendação é que se façam quatro doses da vacina, sendo: ao nascer, aos 2, 4 e 6 meses de idade (vacina pentavalente). Já para a população adulta, o esquema completo se dá com aplicação de três doses.
Outras formas de prevenção recomendadas pelo Ministério da Saúde, e que servem também para outros tipos, são: usar camisinha em relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal que possam ter contato com sangue, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, para fazer tatuagem e para colocação de piercings. Mas as hepatites são geralmente doenças silenciosas. Por isso, algumas pessoas só percebem o problema quando ela já evoluiu para algo pior. Em caso de suspeita de câncer no fígado, o patologista é o médico que faz a análise de biópsia para o diagnóstico preciso, que é importante para a definição de tratamento, se precisar.
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