A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela perda progressiva de massa óssea, tornando os ossos do corpo fracos e predispostos a fraturas. No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas sofrem com a enfermidade e, segundo estimativas da Abrasso (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo), apenas 20% estão cientes que têm a doença.
O alto índice do desconhecimento da doença se deve ao fato da osteoporose ser uma enfermidade que não apresenta sintomas aparentes. “A osteoporose é uma doença silenciosa até que haja a primeira fratura”, afirma Eric Curi, ortopedista do hospital Albert Einstein. Uma vez diagnosticada, a doença não tem cura, mas é possível tratá-la para evitar sua evolução, e buscar formas de fortalecer os ossos é um dos caminhos para a qualidade de vida no convívio com a doença.
Para Curi, a atividade física é uma grande arma para prevenir e tratar a osteoporose, pois a resistência dos ossos é um fator que está ligado à atividade física. Os ossos, assim como os músculos, tendem a se tornar mais fortes e resistentes conforme são utilizados, obedecendo certos limites. “O fortalecimento muscular ajuda a estimular a formação óssea e evita que os ossos já fragilizados fiquem ainda mais frágeis”, afirma o ortopedista.
A prática do exercício físico regular é unanimidade entre profissionais da saúde para o tratamento da osteoporose, mas pessoas com a doença podem encontrar dificuldades na hora de fazer exercícios. Tais empecilhos estão relacionados a dores nas articulações, medo, insegurança e até fraqueza. Por isso, “iniciar a prática de exercícios com treinos de fácil execução é essencial para que a pessoa que sofre com a enfermidade ganhe confiança nos treinos e consiga inserir a prática em sua rotina”, afirma Bruno Silva, fisiologista da Smart Fit.
Osteoporose exige cuidados especiais para a prática da atividade física
Ao mesmo tempo que a prática do exercício físico é essencial no tratamento da doença, alguns cuidados precisam ser tomados na hora de se exercitar. Bruno Silva afirma que é recomendado evitar exercícios de impacto, exercícios pliométricos, movimentos que causem pressão ao solo, como por exemplo, flexão de braços e joelhos, prancha isométrica e atividades que utilizam cargas excessivas durante a execução. “Dependendo do estágio da osteoporose, podem acontecer fraturas graves”, enfatiza.
Antes de dar início a qualquer programa de exercícios para Osteoporose, é necessário realizar alguns exames como medição de densidade óssea e avaliação de aptidão. Além de enfatizar que toda atividade física da população osteoporótica deve ser supervisionada, o ortopedista Eric Curi ainda ressalta que os cuidados ultrapassam o ambiente das academias. “Além do metabolismo do cálcio e da vitamina D estarem sempre adequados, é necessário minimizar o risco de quedas. Prestar atenção nos tapetes de casa, pets e seus brinquedos e calçados abertos na parte de trás é essencial. A queda clássica de quem sofre de osteoporose ocorre na ida ao banheiro durante a noite”.
Fisiologista da Smart Fit, Bruno Silva indica um treino especial para quem sofre de osteoporose. Confira:
Parte Inicial – Aeróbico e Alongamento
Caminhada esteira aproximadamente 10 minutos
Alongamento de posterior – 3x 20 segs.
Alongamento de quadríceps – 3x 20 segs.
Alongamento de pescoço cada lado – 3x 20 segs.
Alongamento de peitoral – 3x 20 segs.
Parte Principal – Treino Resistido
Elevação pélvica – 3x 15 rep.
Agachamento isométrico – 3x 20 segs.
Tríceps testa – 3x 15 rep.
Remada curvada fechada – 3x 15 rep.
Rosca direta com halter – 3x 15 rep.
Elevação frontal – 3x 15 rep.
Abdominal curto – 3x 15 rep. O vídeo da execução completa do treino pode ser feito neste link
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