Juliana Cabral integrou a seleção feminina de futebol de 1997 a 2004, atuando como capitã em algumas das principais conquistas da modalidade no país entre 2001 e 2004. Retornou à equipe em 2008 e deixou os campos em 2009 por falta de estrutura da categoria no Brasil, mas não largou o esporte: hoje, Juliana dá aulas de Educação Física no Colégio Franciscano Pio XII, instituição de educação localizada no bairro do Morumbi, em São Paulo, e é comentarista na Cazé TV de um dos maiores eventos esportivos da atualidade: da Copa do Mundo Feminina, que está atraindo cada vez mais a cobertura da mídia e atenção de telespectadores.
Durante o período em que jogava pela seleção, ingressou na faculdade de Educação Física em 2001 e teve algumas interrupções na formação, quando morou fora, em países como Suécia e Estados Unidos. A ex-jogadora entrou no Pio XII em 2008 para fazer estágio e trabalhar nos cursos extracurriculares da instituição e, desde 2015, é professora de Educação Física dos 5ºs, 6ºs e 7ºs anos do Ensino Fundamental e das turmas do Ensino Médio. Agora, com as partidas da Copa do Mundo de futebol feminino, Juliana se divide entre dar aulas e se dedicar à cobertura do campeonato.
“Ao longo do primeiro semestre, conversei com os alunos que neste ano teríamos a Copa do Mundo de mulheres no período das férias. Nossas aulas são mistas, meninos e meninas jogam e todas as turmas têm futebol. Sempre tento trazer a modalidade de forma mais lúdica, para que todos consigam participar e desenvolver as habilidades motoras envolvidas nesta atividade. Mas, mais do que isso: dizer e mostrar para eles que todos podem praticar qualquer esporte”, diz Juliana Cabral, professora de Educação Física do Colégio Franciscano Pio XII.
Um decreto de 1941 proibiu a prática do esporte pelas mulheres durante quase 40 anos. Em 1979, a proibição foi revogada e, em 1983, o futebol feminino foi regulamentado. O engajamento de algumas jogadoras por mais espaço na modalidade e as determinações impostas pela FIFA em 2019, de se colocar mais mulheres nas comissões técnicas e da Conmebol, de os clubes terem times femininos para participarem dos torneios principais, ajudaram a categoria a alcançar visibilidade.
“É muito importante falarmos sobre isso. Quem não acompanha e se depara com o contexto atual da modalidade no país acha que a mulher sempre pôde ser profissional da bola”, comenta a professora Juliana. “Hoje, a seleção feminina está em um momento muito bom, mas ele foi conquistado, e não cedido. Muitas mulheres lutaram por isso”, comenta.
Ex-zagueira, Juliana Cabral conquistou os ouros dos Sul-Americanos de 1998 e de 2003. Conquistou também a prata nos jogos Olímpicos de Atenas em 2004 e o bronze na Copa do Mundo de 1999, nos quais teve grande destaque. E seguiu jogando, passando pelos times Saad, São Paulo, Corinthians e Vasco. Foi comentarista na Bandeirantes (Pan Americano de 2007), Rede TV, Rádio Globo e ESPN. Na Cazé TV, além das partidas da Copa do Mundo Feminina, ela já comentou dois jogos do Campeonato Brasileiro. Via streaming, ela comenta os jogos do Campeonato paulista feminino no YouTube e masculino no Paulistão Play. A professora Juliana é também uma das curadoras da exposição “Rainhas de Copas” no Museu do Futebol (em São Paulo) ao lado de Silvana Goellner, Aira Bonfim e Lu Castro e, autora dos livros “As pioneiras do futebol pedem passagem: Conhecer para reconhecer” e “Futebol e mulheres: 7 Histórias pioneiras”, junto com Silvana Goellner.
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