As dietas generalizadas, que têm ganhado destaque nas redes sociais e em discussões de saúde, são planos alimentares padronizados que atendem às necessidades nutricionais de um amplo público. Ao contrário das dietas personalizadas, que consideram características individuais como histórico familiar e alergias, as generalizadas se baseiam em diretrizes gerais de nutrição. De acordo com o Dr. Thiago Volpi, nutrólogo, idealizador do Espaço Volpi, um dos mais conceituados de São Paulo, explica que as dietas generalizadas, como a mediterrânea, low carb e vegetariana, oferecem benefícios comprovados para a saúde da maioria das pessoas, no entanto, não consideram peculiaridades individuais que podem influenciar a eficácia.
Entre as dietas mais comuns, Volpi destaca quatro tipos: mediterrânea, que se destaca por seu foco em frutas, vegetais, grãos integrais e peixes, associada à redução do risco de doenças cardíacas; low carb, que limita a ingestão de carboidratos, sendo eficaz para perda de peso e controle de diabetes tipo 2; vegetariana, que exclui carne e peixes; e vegana, promovendo uma alimentação baseada em vegetais.
Embora essas dietas tenham benefícios, elas podem não funcionar para todos. “Uma pessoa que tenha uma resistência à insulina muito grande, um quadro de pré-diabetes e que começa a seguir uma dieta vegetariana, por exemplo, a qual indica comer muitos carboidratos e grãos, pode ter um quadro de piora na resistência à insulina dela”, alerta Volpi.
Outro exemplo clássico citado por Volpi é a famosa dieta low carb. “Essa dieta indica reduzir a ingestão de carboidratos e aumentar o consumo de gordura saturada. Todavia, isso nem sempre é o ideal porque, quando aumentamos o consumo de gordura saturada, podemos ter um aumento no colesterol LDL e isso pode aumentar o risco cardíaco”, ressalta o médico. Embora dietas como a mediterrânea sejam saudáveis a longo prazo, a personalização pode maximizar os benefícios. “Muitas vezes, ao não personalizar, você pode não atingir todo o potencial de saúde que uma dieta adequada poderia oferecer”, enfatiza o nutrólogo.
Além de não trazer todos os benefícios que uma dieta feita sob medida pode trazer, com a influência das redes sociais, começaram a surgir mitos sobre a alimentação. “Um mito comum que surgiu é a crença de que uma única dieta é perfeita para todos. Porém, esquecem que é crucial entender que não existe uma dieta perfeita para todo mundo e o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra”, reforça o especialista. Além disso, Volpi ressalta que, com as indicações erradas, as pessoas podem se tornar “carbofóbicas”, situação em que o indivíduo começa a sentir medo de comer carboidratos porque acha que vai engordar, ou pode surgir a ideia de que pessoas que fazem dieta vegana sempre têm deficiência nutricional ou que vão ter menos massa muscular.
Para quem busca uma abordagem mais individualizada, Volpi recomenda a consulta, orientação e acompanhamento de um especialista qualificado, para conhecer as características específicas do indivíduo, como histórico familiar, alergias alimentares e a realização de testes genéticos. “Exames de sangue e uma avaliação clínica detalhada podem ajudar a adaptar dietas generalizadas às necessidades específicas de cada pessoa, garantindo que todos os nutrientes necessários sejam adequadamente consumidos”, finaliza Volpi.
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