Congênita ou adquirida, a diabetes é uma doença que se caracteriza pela alta concentração de glicose no sangue. Impactando cerca de 12,3 milhões de brasileiros – 7% da população nacional – a enfermidade pode ter como sintomas, vista embaçada, sede em excesso, entre outras manifestações. Se não tratada adequadamente, a doença pode desencadear manifestações graves, afetando diversos órgãos do corpo, como o coração.
Conforme afirma Aline Ximenes, médica endocrinologista da Rede OTO, pessoas diabéticas estão mais propícias ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares pelo acúmulo de glicose na corrente sanguínea ocasionado pela diabetes. “Isso acaba instigando o agravamento de doenças relacionadas ao coração e o seus vasos. Pacientes com diabetes tipo 2, por exemplo, têm cerca de duas a quatro vezes mais chances de desenvolver doença coronariana (infarto) e acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, e esse risco pode aumentar a depender do tempo de diagnóstico, controle da doença e presença de complicações ou outras comorbidades associadas”, pontua a profissional.
Quando não desenvolvidas por consequência da diabetes, as doenças cardiovasculares se relacionam com a síndrome nas condições semelhantes para o seu surgimento. “A falta de atividade física atrelado a uma má alimentação são fatores importantes para o aparecimento das enfermidades. Esses hábitos também podem contribuir para a piora no quadro das doenças. Por causa disso, é percebido que há cada vez casos de pessoas com as duas doenças”, discorre Dra. Aline.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 30% da população brasileira com mais de 60 anos convive com o diabetes e alguma doença cardiovascular como a hipertensão. “A combinação das enfermidades aumenta a possibilidade de episódios de AVC e infarto, já que as doenças separadas são as principais causadoras desse tipo de emergência”, enfatiza a especialista.
Para redução destes riscos, é fundamental que os portadores da diabetes tenham um bom acompanhamento multidisciplinar, que envolve o endocrinologista, oftalmologista – para o rastreio de retinopatia – e nutricionista; e muitas vezes será necessário também acompanhar com cardiologista e nefrologista. “Comorbidades como hipertensão arterial sistêmica, colesterol elevado e alteração renal, devem ser bem acompanhadas e tratadas adequadamente. É essencial que o paciente procure ter bons hábitos de vida, mantendo uma boa alimentação e frequência de atividade física”, finaliza Dra. Aline.
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