O diabetes é uma doença crônica com uma crescente prevalência em todo o mundo por uma interação de fatores, especialmente relacionados aos maus hábitos da vida moderna. O tipo 2 é a versão mais prevalente, responsável por 90% dos casos, normalmente em pessoas acima dos 50 anos.
A patologia pode levar anos para ser descoberta, além das chances de resultar em consequências muito graves e até a morte precoce. Ela é uma doença silenciosa e, na maioria das vezes, assintomática. Por conta disso, pelo menos metade dos brasileiros tem diabetes e não sabe, de acordo com o Ministério da Saúde.
No entanto, alguns sinais podem ser percebidos e merecem atenção. O diabetes pode levar a uma perda de peso, muita sede e aumento da quantidade de urina, além de sintomas como fraqueza, visão turva, cansaço e dor nas pernas e pés.
O que causa o diabetes tipo 2 é basicamente uma alimentação com alta concentração de açúcares e carboidratos e o sedentarismo. “Tanto para evitar a doença, como para o controle dela, um pouco de atividade física diária é fundamental e pode salvar vidas. O que se entende por isso é qualquer atividade que faça a pessoa se sentir levemente ofegante”, afirma o profissional de Educação Física Aurélio Alfieri, youtuber e influenciador digital.
Segundo o profissional, a pessoa não precisa necessariamente frequentar uma academia ou cumprir ciclos pesados de exercícios, para estar em dia com a meta. “Tarefas simples do dia a dia, como subir as escadas do prédio, caminhar dentro do local de trabalho ou enquanto realiza uma limpeza em casa, isso tudo conta”, explica o profissional.
Para quem é diagnosticado com o diabetes, atividades com impacto devem ser evitadas de acordo com Alfieri. A atenção aos pés é muito importante. Caso a pessoa tenha rachaduras, calos, bolhas, cortes ou outras feridas, o esforço pode ocasionar em consequências graves, devido à dificuldade de cicatrização do paciente que já convive com o diabetes.
“Por isso, são recomendados os exercícios de baixa a média intensidade, como caminhada, pedalada ou natação”, diz. A intensidade de uma atividade física satisfatória vai variar entre cada indivíduo. “O que pode levar uma pessoa a ficar ofegante pode ser insuficiente para outra e vice-versa, levando-se em consideração características como peso, faixa etária e condicionamento físico de cada um.”
Sobre o tempo, Alfieri sugere o que recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS): de 150 a 300 minutos de atividade física de moderada intensidade por semana para os adultos. O volume equivale a uma média de pelo menos 20 minutos por dia.
Boa alimentação
Uma aliada à atividade física nessa prevenção e controle do diabetes é a alimentação adequada. O Brasil e o mundo vivem o que se poderia chamar de uma epidemia do problema nos últimos anos, com um aumento expressivo no número de casos de diabetes, e é possível que esteja fortemente relacionado com o estilo de vida moderno, que além do sedentarismo ocasiona na má alimentação, por conta de muito estresse e ansiedade.
“O ideal é que seja uma alimentação equilibrada e com menos teor de açúcares, assim como carboidratos em menor quantidade, de preferência sob orientação de um profissional da área de nutrição”, recomenda Alfieri.
Dia Mundial do Diabetes
O diabetes é uma doença crônica metabólica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue. O distúrbio acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir a insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo.
A proximidade do Dia Mundial do Diabetes (14/12) é a oportunidade para destacar a atenção aos cuidados para evitar a doença, especialmente no Brasil, onde há uma alta incidência de casos. Nos últimos dez anos houve um aumento de 26,61% no número de pacientes diabéticos no Brasil, segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês).
O país é o 5º no ranking mundial, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), atrás da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão, de acordo com o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF). A estimativa da incidência da doença em 2030 é de chegar a 21,5 milhões de brasileiros e a 643 milhões de pessoas em todo o mundo. Outros sintomas do diabetes, além da difícil cicatrização, são as infecções frequentes, alterações da visão (vista embaçada), formigamento nos membros, fome frequente, vontade de urinar várias vezes ao dia e sede constante. O tratamento, junto com a atividade física e a alimentação equilibrada, pode ainda abranger medicações e aplicação de insulina.
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