Provavelmente você já ouviu falar de suplementação de ômega-3 ou de Óleo de peixe. Inclusive, muitos adultos se lembram da época em que as mães davam óleo de fígado de bacalhau de colheradas para as crianças. Nos últimos tempos, ganhou um apelido carinhoso “gordura do bem”. O nutricionista clínico e esportivo Dereck Oak explica o que é e quem deve suplementar.
O ômega-3 é um tipo de gordura poli-insaturada essencial para o funcionamento adequado do nosso corpo. “Ele é um ácido graxo necessário para diversos processos metabólicos e não pode ser produzido pelo nosso organismo, sendo, portanto, obtido por meio da alimentação, como peixes de águas frias, como salmão, sardinha, truta e atum. Além de outras fontes como óleo de peixe, linhaça, chia, nozes e sementes de abobora”, explica Dereck.
Esse tipo de gordura tem um papel fundamental no funcionamento do sistema nervoso, na saúde cardiovascular, na redução de inflamações e no desenvolvimento cerebral. Sendo necessária para o equilíbrio do organismo e a prevenção de diversas doenças. “Ele pode ajudar a reduzir os níveis de triglicerídeos no sangue, melhorar a saúde do coração, diminuir a pressão arterial, favorecer a função cerebral, a cognição, reduzir a inflamação no corpo e fortalecer o sistema imunológico”, pontua o nutricionista.
Como tudo, o consumo excessivo de suplementos pode levar a efeitos colaterais como problemas gastrointestinais, distúrbios de coagulação e interferências em medicamentos anticoagulantes. Por isso, é importante consumir o ômega-3 dentro das doses recomendadas. Dereck explica que a suplementação é indicada para a maiorias das pessoas, especialmente aquelas com uma alimentação pobre nesse nutriente, com altos níveis elevados de triglicerídeos no sangue, além de problemas cardiovasculares, inflamações crônicas ou mulheres grávidas para o desenvolvimento cerebral do bebê.
Cada uma dessas substâncias classificada como ômega 3 possui um papel importante no organismo. Veja a seguir um resumo sobre cada exemplo:
DHA – esse lipídeo é uma das mais importantes substâncias para o cérebro, sendo a principal matéria-prima da massa cinzenta cerebral, possuindo propriedades de reparação, crescimento e proteção. O uso dessa substância já foi relacionado à melhora de várias doenças, como a, depressão, déficit de atenção e hiperatividade.
EPA – esse ácido tem o papel de produzir outras substâncias químicas, as eicosanoides, que são responsáveis por reduzir a inflamação do corpo. Por isso, ele auxilia na melhora de diversas doenças, como a artrite reumatoide, a obesidade, doenças cardiovasculares e no controle do colesterol.
O nutricionista também orienta como consumir. “É recomendado incorporá-lo às refeições principais que contêm fontes de gordura saudável pode melhorar sua absorção, já que ele é uma gordura e é absorvido melhor na presença de outras gorduras. Além disso, a vitamina E presente em alguns alimentos também pode ajudar a preservar o ômega-3 durante a digestão”, orienta.
Dentre tantas opções de suplementos à disposição no mercado, o profissional orienta como escolher um bom ômega-3. “Procure por produtos que tenham certificação de qualidade, como o selo de boas práticas de fabricação (GMP) e certificações extras como IFOS (International Fish Oil Standards Program), que garantem a pureza e qualidade do suplemento. E tenha uma embalagem escura que não passe luz, e que esteja bem armazenado na prateleira, longe do calor excessivo e luz solar”, finaliza.
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