Planejar uma alimentação saudável e equilibrada é fundamental para nosso bem-estar. No entanto, cada vez mais as pessoas têm aderido a dietas restritivas marcadas por produtos etiquetados como “diet”. Embora esses alimentos possam ser seguros para quem tem alguma restrição nutricional, para a maioria das pessoas sem necessidade específica, optar por uma dieta baseada em alimentos diet pode ser prejudicial à saúde.
Conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o termo diet é usado nos alimentos para dietas com restrição de nutrientes (carboidratos, gorduras, proteínas, sódio).
Os produtos diet são aqueles que têm zero de algum ingrediente, como açúcar, gordura ou sódio. Os produtos diet são geralmente indicados por quem tem problemas de saúde, como diabetes, pressão alta ou colesterol alto.
Para pessoas que não possuem restrições, especialistas alertam que esse tipo de dieta, além de pouco sustentável, pode acarretar deficiência de nutrientes, suporte energético reduzido, compensação alimentar, problemas renais e até risco de distúrbios alimentares. O médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo, destaca que “alimentos diet não necessariamente são mais saudáveis, e nem todas as pessoas devem consumi-los”.
Uma dieta adequada requer escolhas inteligentes de uma ampla gama de alimentos, e não apenas substituições por versões diet. Alimentos integrais, como frutas, verduras, grãos, leguminosas e oleaginosas devem ser a base da alimentação, combinados de forma balanceada e variada.
Ao considerar uma dieta diet, é importante lembrar:
1. Pode causar deficiência de nutrientes, por substituir fontes ricas em vitaminas, minerais e fibras por alternativas diet menos nutritivas.
2. Apesar da redução ou eliminação de um nutriente específico, esses produtos tendem a ter alto teor calórico proveniente de adoçantes, emulsificantes e conservantes.
3. Muitas pessoas tendem a “compensar” o consumo de alimentos diet comendo mais de outros não saudáveis, elevando o total de calorias ingeridas.
4. Pode desencadear desordens alimentares, como ortorexia, com foco excessivo em fontes “puras” e restrição severa.
5. A rotulagem “diet” nem sempre indica opções mais saudáveis, é importante verificar ingredientes e composição nutricional.
“Portanto, em vez de dietas restritivas e pouco sustentáveis, devemos apostar em hábitos alimentares equilibrados, variados e adequados às nossas necessidades individuais. Consultar um especialista é fundamental para elaborar estratégias que promovam saúde de forma integral, respeitando individualidade. Dieta e alimentação saudável resultam de escolhas conscientes baseadas em informação qualificada, e não em promessas rápidas e resultados milagrosos.” Finaliza o Dr. Ronan Araujo.
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