Jejum intermitente: Nutricionista aponta os principais benefícios e malefícios

À medida que o final do ano se aproxima, sobretudo o verão, é comum que as pessoas iniciem novas dietas, a fim de perder alguns quilinhos extras. Diante disso, o nutricionista e doutor em Ciências Médicas, Gabriel Franco, que leciona na Universidade de Franca (Unifran), aponta os principais benefícios e malefícios do jejum intermitente, estratégia alimentar muito usada na atualidade.

O especialista explica, que a prática precisa ser analisada e prescrita por um profissional, visto que algumas pessoas podem ter malefícios diante do uso. “Essa prática consiste em não consumir alimentos por um determinado período, distribuindo os nutrientes de acordo com a demanda e preferência do indivíduo. Muitas pessoas estão fazendo por conta própria, mas o ideal é consultar um nutricionista, que será o responsável por analisar a rotina diária do paciente para ver se enquadra este tipo de método”, destaca Gabriel.

Segundo Gabriel, entre os principais benefícios do jejum intermitente estão: a diminuição de LDL – colesterol, melhora da sensibilidade a insulina e perda de peso, e entre os malefícios: tontura, fraqueza e redução de massa magra. “O principal mito do jejum seria que ele é a melhor maneira de emagrecer na atualidade, visto que para este objetivo o déficit calórico é a principal manobra dietética a ser conduzida. Quanto às verdades, podemos destacar que tem alguns benefícios, já citados anteriormente”.

O especialista ainda cita que existem várias formas de jejum: há aqueles que restringe horários para se alimentar (normalmente 16 horas), os religiosos (Exemplo: Ramadã), dias alternados (o indivíduo fica 24 horas sem se alimentar). “Contudo, algo essencial de frisar, é que não se trata de uma competição para ficar mais tempo sem comer, visto que esses métodos praticados sem orientação ou em excesso podem colocar em xeque a saúde do paciente”, alerta.

Ainda em dúvida sobre a prática do Jejum intermitente? O Nutricionista Gabriel respondeu algumas curiosidades. Confira!

É recomendado praticar exercícios físicos durante o período de jejum?

Caso o paciente se sentir melhor realizando exercício físico em jejum, o nutricionista consegue adequar o planejamento alimentar para minimizar os riscos. Entretanto, via de regra, treinar alimentado é uma opção mais vantajosa.

Após o período de jejum, a pessoa pode comer o que quiser? 

Jamais. O foco não é o fato de simplesmente estar em jejum. Precisa adequar a ingestão dos macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) ao longo do dia do paciente.

O jejum intermitente pode causar compulsão alimentar?

Para alguns indivíduos sim. Estes, que não se enquadrariam neste tipo de estratégia alimentar, podem ficar contabilizando as horas para chegar o momento de se alimentar e desta forma, comerem desenfreadamente.

Quem faz jejum tem mais chances de perder massa magra?

Via de regra sim, principalmente caso utilizarem do jejum sem o aval do nutricionista. Geralmente, o fracionamento na ingestão de proteína fica prejudicado neste cenário facilitando a perda de massa magra.

Ele pode diminuir o nível de gordura no sangue e no fígado?

Caso acompanhado do déficit calórico ele pode diminuir os níveis de lipídios presentes em nosso organismo.

O corpo funciona melhor com o jejum intermitente?

Na verdade, não existe uma resposta padrão que se enquadra para todos os indivíduos. Podemos dizer que algumas pessoas se sentem bem, e outras não. O principal ponto seria não entrar “na onda” do jejum simplesmente por estar na moda. O objetivo do nutricionista é propiciar que o paciente aprenda a se alimentar de forma saudável para o restante da vida, e não por apenas algumas semanas.

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