Treinando a 2 na 5ª Etapa do Trekking AO3

Sábado foi dia do último trekking do ano AO3.
Muito esperado principalmente para aqueles que se classificaram entre as 15 equipes no ranking anual da AO3 e iriam correr os 30km, pena que não conseguimos.
Foi o ano em que fiquei 6 meses afastada por conta da lesão, a equipe sofreu baixas e mudanças de integrantes e no meu retorno ainda estava tentando recuperar o rendimento, portanto só pontuamos uma vez.
Mas nada de tristeza, ainda tínhamos os 15 km para competir e todos da equipe agora já estão 100%.

O trekking foi em Roteiro, e eu já disse no post da corrida de Roteiro que as ladeiras são cruéis. Pois é, pode ter certeza que são e por mais que nosso navegador top Neto (nada pessoal viu gente, não é porque é meu marido, rssss) tenha feito tudo para traçar uma estratégia que pudesse evitar algumas seria impossível não enfrentar elas.
A largada das equipes dos 30 kms foi de 7:00 e a nossa de 9:00. Minha gente que sol foi aquele, antes da largada eu já estava cozinhando.

Todos sabem que estamos seguindo uma dieta equilibrada, comemos de 3 em 3 horas e tomamos o café as 5:00, mas devido a distância chegamos com horário apertado e Neto cuidou de estudar o mapa, enquanto eu cuidava de arrumar as mochilas, trocar de roupa, pegar frutas para eles e etc… Só não fiz o mais importante que era comer, pois é gente, errei feio e isso quase me custou desclassificar a equipe e vocês verão porque.

Como eu dizia… o sol estava fortíssimo e na largada já tivemos que enfrentar uma ladeira, sobe e desce e minha barriga parecia que estava fervendo, para piorar antes do 1° PC tomei um gole de água, porque achei que aquilo era devido ao calor. A água que estava na mangueira veio pegando fogo e eu fiquei pior. Após bater o PC1 eu só pensava em vomitar para tirar aquela coisa ruim do estômago. Foi quando eu tive a pior visão, uma ladeira que mais parecia um penhasco, que coisa inclinada, o povo tentava subir um passo e escorregava dois, enquanto isso minha barriga fervia, enjoo e vontade de vomitar, soltei o o prendedor da bolsa que apertava a barriga e pedi ajuda aos companheiros, pois não conseguia me inclinar devido a dor na barriga.

Quase não conseguia subir e quando subi vomitei logo, nessa hora pensei que era a gastrite e se fosse ela não conseguiria terminar , porque dói e vomito muito.

Seguimos para o outro PC e continuei vomitando, graças a Deus a dor parou e aliviou, foi ai que me tranquilizei e comecei a correr mais batendo o outro PC. Tive a brilhante ideia de beber água e esperar um pouco para comer algo com medo de vomitar e desidratar (conselho, não faça isso, nunca, nunca).

Quando entramos na mata fechado minha vista escureceu um pouco e achei que fosse por causa do astigmatismo e miopia, batemos o PC e me empolguei correndo para sair antes das demais equipes, antes de chegar no fim da trilha tudo girou, à vista escureceu e euzinha cai para trás, só ouvia o povo dizendo:
– Dá água para ela.
-Dá algo para comer…levanta a cabeça…tira a viseira…

Enfim, só ouvia e só recuperei a visão após beber um isotônico que a equipe Star Trekking me deu, nessa altura eu já estava quase chorando por causa da cegueira temporária, tenso minha gente, foi tenso. Mas do mesmo jeito que passei mal, foi que recuperei, super rápido, porque só foi uma baixa de glicose devido ao vômito e ter largado sem comer no sol e calor fortíssimos.

Moral da história, eu podia ter evitado isso, pois é, eu assumo para ensinar e prometo nunca mais passar por isso. Kkkk.

Obrigada Star Trekking, vocês e minha equipe foram ótimos.

Depois de todo esse pesadelo eu corri para recuperar o tempo perdido e foi aí que começaram as resenhas.
Foram quedas e mais quedas, foram 3 e em uma até grama comi, kkkkk. Atolei e quase perdi tênis no mangue, mas tudo isso é valido e a equipe estava muito bem.
Batemos todos os PCs com tranquilidade e no PC da água eu parecia um camelo, rssss.

Carlos como sempre com suas resenhas e medo de entrar na água do mangue, com desculpa que queria espaço para nadar, vê se cola isso, kkkkk… fora a revolta em perder sua bolacha de aveia e mel nas águas do mangue.

João descendo as ladeiras com saltos de cavalinho, foi demais, eu não sei se descia ou ria.

A alegria tomava conta da equipe e eu lembrei que foi ha 1 ano que no treekking da AO3 sofri o acidente, foram meses afastada e agora no último queria dar o meu melhor.
Aceleramos nos últimos PCs, nada de perder tempo e no fim mais mangue e um riozinho para atravessar, na curva avistamos a chegada e foi grande a alegria de ouvir o povo gritando o nosso nome:
– Um atleta, um atleta.

Poxa tanta emoção, ainda mais quando descobrimos que éramos a 6° equipe.
Só lembrei que aquele era o 6° lugar do ano passado, pois estávamos entre os 5 na hora do acidente e quem sabe seria menos.

Demorou 1 ano, mais veio e fiquei mega feliz.
Depois de tudo, choros, suor e corrida, foi o melhor trekking.
Melhor porque minha equipe está evoluindo com alegria, meu marido navegou com excelência e por fim sentimos que ano que vêm as coisas prometem
Desculpe o post longo, mas tinha muito o que contar e compartilhar com vocês, como é o último trekking do ano, eu possoo, kkkkk….

Minha opinião:

O evento foi show, foi difícil, suado e tudo o que um trekking tem que ter. kkk
A organização está de parabéns. E em relação aos 15 km só agradecer e nada a reclamar.
Último trekking do ano e fechou com chave de ouro. Esperando ano que vêm, porque eu vou e você, bora?!

Por Vanessa Gomes

Veja algumas fotos:

Posted by Um Atleta on Domingo, 6 de dezembro de 2015

 

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