Apesar do nome estranho, os nootrópicos são a nova tendência da alimentação e suplementação devido aos benefícios que trazem à atividade cerebral. Também conhecidos como “Drogas inteligentes – Smart Drugs”, são substâncias naturais ou sintéticas que prometem melhorar a performance cognitiva, aumentando o foco, atenção, memória e os níveis de energia. O nutricionista clínico e esportivo e especialista em nootrópicos, Dereck Oak, explica quais são estes ativos e como agem no corpo humano.
Tradicionalmente utilizados por pessoas com diagnóstico de TDHA ou de depressão, nos últimos anos os nootrópicos têm sido consumidos também por indivíduos saudáveis que sentem necessidade de melhorar suas funções cerebrais para buscar “a sua melhor versão”.
Dereck explica que os nootrópicos são compostos que melhoram a performance cognitiva, otimizando o foco, a capacidade de aprendizado, reflexo, memória, criatividade e até mesmo motivação. Apesar do novo conceito, os nootrópiocos geralmente são encontrados como suplementos, como cafés, chás fortificados e shots. Alguns inclusive já fazem parte da composição de chocolates, bebidas e biscoitos. Os mais conhecidos estão a cafeína, chá verde, L-tirosina, que pertencem à classe de nootrópicos naturais. “Temos também o guaraná em pó, fosfatidilserina, ômega-3, entre outros. E entre os sintéticos, temos as anfetaminas e a ritalina”, explica.
A creatina, suplemento muito conhecido no meio de academias e bastante utilizada no desempenho para reduzir a fadiga durante os treinos de força e de explosão, também apresenta benefícios para as funções cognitivas em alguns indivíduos, por isso também é considerada por alguns como um nootrópico.
Entre os benefícios dos nootrópicos estão: melhora da sinapse cerebral, aumento do fluxo sanguíneo, maior capacidade de aprendizagem, aumento do foco, melhora concentração e energia. “Seus efeitos vão desde o aumento da vasodilatação cerebral até a modulação de neurotransmissores. O mecanismo de ação dos nootrópicos são de modular a ação dos neurotransmissores”, pontua o nutricionista.
Dereck chama a atenção para a importância de se buscar orientação profissional no uso da substância mesmo no caso de nootrópicos naturais. “Os sintéticos e os naturais e seu uso deve ser avaliado de maneira diferente. O uso não adequado de nootrópicos sintéticos e de alguns naturais como a cafeína, pode gerar efeitos colaterais como aumento da pressão arterial, problemas para dormir e alterações nas funções cardíacas e respiratórias, além de poderem causar certa dependência e diminuição do seu efeito, como é o caso do uso excessivo de cafeína, por exemplo”, diz.
Para finalizar, ele diz que é possível melhorar o desempenho cognitivo sem a ajuda de nootrópicos e outras substâncias, sem o consumo de estimulantes. “Para garantir uma boa saúde e função cerebral adequada, é preciso ter qualidade no sono, fazer exercícios e manter uma dieta saudável e rica em nutrientes”.
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